quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A Revolução dos seres requer a satisfação da poderosa mulher contemporânea –

Ela não esta nua, não dessa vez, desculpe, fez questão de preservar as peças de roupa. Ao menos uma, a blusa, só por que ele gosta.
Ele dessa vez não vai falar de política, sofrimento ou poderosos homens alemães, só por que ela gosta.
Ali não se ama!
Ele com vontade de sair esgoelando pela rua que não, não ama.
Ela, a Super Mulher Biônica-Invisivel-Telepata que solta raios pelos olhos, fogo pela boca, corpo de aço e punhos de Adamantium. Mas de coração de carne. Não ama.
Ele, de coração despedaçado e pulso aberto sangrando, não, não ama!
Ela, de blusa branca amassada...
Ele, sujeito indefinido do predicado que lhe quer, objeto indireto do meu sujeito lírico.
Não ama, não.
Ela, de leituras subversivas, de pensamentos eróticos, de pouco sonho, de pouca vista.
Ele, que cheira a poeira, que esquece da vida andando na rua até perder de vista.
Não se amam.
Não, não se amam não.

4 comentários:

  1. Ela que tinha dúvidas até se podia ser só daquele jeito que era, que preferia dizer um "sei lá" ao invés de um "topo!" ou ainda um "pode ser".

    Ele que de tanto caminhar esqueceu o caminho de volta, nem se recorda mais do passo primeiro que ditou o norte do perder-se

    Ela que de noite fazia poesias só na mente
    Ele que de noite fazia o mesmo

    Ela que tinha uma promessa de só comer brigadeiro, mas insistia em experimentar sagu de uva, ainda que nem saiba o que é.

    Ele que tinha dúvidas se era acadêmico ou mendigo, de uma coisa sabia, sentia dor

    Ela que também sentia dor, e talvez fingisse melhor que ele não fingir

    Ele que adorava a sensação de estra na mão de alguém, só andava de armadura

    Ela ? ela "não sei"!

    Eles iam pra livraria e liam um para o outro kamasutra e Neruda.

    Eles que categorizaram os moviemntos do semi-orgasmo

    Eles não amavam. Só disso sabiam.

    Mas sentiam uma dor estranha na hora da despedida, e uma saudade forte, mesmo ao telefone e aquela sensação de o algo ficou pela metade, e um quase-amor tava prestes a surgir!

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  2. Nossa, “Anônimo”, eu fiquei sem palavras, não faz isso com meu coração que não tenho mais idade não!
    Que bom saber que a minha poesia te inspira a escrever também, que te dá calorzinho (como diria a Thaís), obrigada...sempre...
    “eu torta de maracujá você.”

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  3. Eh..... estamos diante da nova geração dos pós-modernistas!!!
    despois desse comentario, numtem nem o que falar!!!rsrsrs
    Será que se iniciará uma nova revolução nas artes brasileiras?
    Belos trabalhos.... condizentes com a realidade contemporanea, um olhar critico em relação às relações humanas, se a erudição eh essa, eu quero prova-la. rsrsrs

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  4. ¬¬ Nada desse blábláblá aí, Vitor. (Com todo respeito! rs)

    É só a Ana colocando pra fora essa coisa linda que ela é por dentro, dizendo dos pontos de vista que não temos, porque somos nós mesmos, oras.

    Porque se fôssemos o outro, conseguiríamos enxergar dentro da cabeça dele e dizer, exatamente como a Ana fez, o que é, de verdade.

    Hmmm... (?)

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