Porque a que escreve não é a mesma que fala.
Porque a mão que fala não é a mesma que bate.
Eu não preciso ser Ela,
E é melhor mesmo não ser,
Ainda que assim ninguém nos entenda.
Se eu fosse Ela, não escreveria nada,
Não seria boa em nada.
É melhor ser personagem,
É mesmo bem melhor não ser eu.
Eu a inspiro,
E é por mim que Ela escreve,
Mas ao chegar ao fim da linha
Não é mais de mim que Ela fala.
Nossas brigas diárias,
Nossa pancadaria frenética
E a paz é o pior que podemos ter.
Onde há briga há a alegria.
Quando há briga há poesia.
Pessoa, sempre ele...
ResponderExcluirExcelente caminho, Ana!
1bj