Pedirei contigo,
Suplicarei junto
E chorarei muito mais que tudo.
“Não vou para Pasárgada!”
Me jogarei ao chão também,
Mas como criança birrenta
Vou bater os pés bem forte.
Tenho uma faca em punho
E a Palavra escrita no pulso.
Vou ficar aqui!
“Não vou para Pasárgada!”
Eu posso passar ferias,
Talvez uma breve temporada.
Mas meu lugar é aqui.
Não é por opção,
é por escolha.
Eu escolhi ficar!
Aqui é o quartel da resistencia.
Berrarei.
Gritarei.
Matar será a menor das coisas que farei.
Eu estou cansada sim...mas
Os que estão comigo não me
Deixam abandonar a luta armada.
Já perdi uma perna nessa guerra.
Ganhei um tiro no coração.
Fui torturada, marcada a fogo
E a ferro como gado.
Mas eles erraram ao me deixarem
Os braços intactos e não me mataram a
Imensa fome de escrever.
“Não vou para Pasárgada!”
Versos inspirados no poema “Anti- Evasão” de Ovídio Martins
Lindo poema, Ana!!! ótima releitura do poema clássico do Ovídio Martins. Parabéns!!! Vc está ficando fera!!! bjs!!!
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