E quantas escritoras, mulheres, negras eu li, oh Deus?
Mas quem sabe me comprem pelo nome.
Pensando em ser talvez, e me esperançosa me vejo,
Uma parenta distante do Fernando,
Ou uma amiga íntima do Zé.
Eu posso mentir.
A verossimilhança me respalda,
Eu posso inventar.
Grande nega pretensiosa é o que sou!
Não comprarão,
Não lerão,
Nem uma critica sequer escreverão.
Permanecerei inerte na prateleira escondida,
Espremida entre outros tantos,
Aquele livro negro e magricela.
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