A roda só girava.
No meio era a roda que andava.
No fim a roda falava alto e xingava.
A roda já bêbada,
Mas ainda assim dançava.
A roda já exausta,
Mas ainda assim tocava.
A roda suava sem e roupa no frio
De sorriso aberto a estranhos bem conhecidos.
A roda que clareava a noite e que
Raiou o dia.
A roda que faz dos Pretos, pretos.
E dos Brancos, quase pretos,
Mais Pretos ainda.
A roda me girou, porque noite assim
Não se perde, não se bebe de graça.
A roda gigante me engoliu de prazer
De tanto cantar...
Tô nos braços de mamãe,
Vai dizer ao meu amor que eu não vou pra casa agora.
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