terça-feira, 20 de abril de 2010

Poema para quando a luz voltou- Ana Paula Lisboa

Eu não vou para a luz.
Eu prefiro continuar com as luzes apagadas.
Eu prefiro acreditar que nada aconteceu.
Eu prefiro a companhia da vela.
Eu escolho continuar a ver mais estrelas que o normal.
Por que estão gritando?
Meu Deus, isso foi um rojão?
Eu escolho a emoção das formas retorcidas, da
Penumbra, do olhar mais atento ao chão.
Eu escolho o não saber o que se pode encontrar.
Eu prefiro a pupila dilatada.
Eu prefiro o escuro, eu prefiro o negro.
Eu prefiro o risco de ter uma vela em cima da cama.
Eu gosto do bicho papão

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